sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Vacina contra raiva mata cães e gatos em São Paulo


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A Secretaria de Estado da Saúde recomendou que todas as cidades de São Paulo suspendam imediatamente a campanha de vacinação de cães e gatos contra a raiva animal, na tarde desta quinta-feira (19), por tempo indeterminado.

Segundo o órgão, o número de reações adversas notificadas à Coordenadoria de Controle de Doenças está acima do observado em anos anteriores, o que pode colocar em risco a vida dos animais imunizados, na avaliação dos técnicos da secretaria.

O maior número de eventos adversos notificados é procedente dos municípios de São Paulo e Guarulhos, que têm ampla experiência na realização de campanhas de imunização de cães e gatos. Nessas duas cidades foram registrados sete casos de choque anafilático em animais vacinados, dos quais seis morreram, sendo quatro gatos e dois cães.

O órgão disse que não tem certeza se a vacina é responsável pelas mortes, mas constatou após uma necropsia que pelo menos um caso de reação anafilática foi causado pela vacina. No entanto, informou que casos de reação anafilática após vacinação são normais, até mesmo em pacientes humanos.

De acordo com a secretaria-adjunta da Saúde, Clélia Aranda, as mortes também podem ter sido causadas por envenenamento ou outras doenças.

“Não saiu nenhum laudo sobre a vacina, mas parece que houve relatos de caroço e calombo em animais no Rio de Janeiro. Ainda não podemos afirmar se a vacina será substituída, nem por quanto tempo”, informou Aranda.

Em São Paulo, das 567 reações notificadas entre os dias 16 e 17 de agosto, 38% são consideradas eventos graves, como prostração, anorexia, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias. Nesse período, foram imunizados 121.691 animais em toda a cidade. Em Guarulhos, que já suspendeu a vacinação, houve 40 reações adversas entre 42.860 animais vacinados entre 9 e 13 de agosto.

A maior parte das reações foram observadas em gatos e cães de pequeno porte (cerca de 6,5 kg). Somente na cidade de São Paulo, 85,3% das reações ocorreram com gatos vacinados nos dias 16 e 17.

Também foram constatados quatro óbitos, sendo dois cães e dois gatos, no interior do Estado. Nem todos os municípios paulistas iniciaram a campanha de imunização.

O Instituto Pasteur, órgão da secretaria, irá investigar os óbitos e as reações graves. A secretaria informou ao Ministério da Saúde – responsável pela compra e distribuição das vacinas aos Estados – sobre os problemas e aguarda orientações.

A vacina da campanha deste ano, produzida pelo laboratório Biovet, não é a mesma utilizada no ano passado e é considerada mais eficiente. Segundo a secretaria, é a mesma usada na rede privada.

“Não estamos tomando nossa posição sobre a vacinação no setor privado”, disse a secretária-adjunta.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde lamenta o ocorrido e solicita aos proprietários de animais que foram vacinados nos primeiros quatro dias de campanha que os observem e, caso apresentem alguns dos sintomas citados – 36 horas após a vacinação – entrem imediatamente em contato com Centro de Controle de Zoonoses para mais informações pelos telefones 0XX/11/ 3397-8900/ 8957/ 8918/ 8916.

Folha.com

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MANIFESTO



Bruno Pedretti
A comunidade do Sítio São Luís convocou a população no último domingo, 28, para protestar contra maus-tratos a animais. A mobilização contou com apoio da Prefeitura, por intermédio da Coordenadoria do Bem-Estar Animal (Coobea), e aconteceu no Sítio São Luís, no Cônego.
Vários moradores do local tiveram seus cães envenenados, mutilados e mortos nos últimos três meses. Oito morreram por envenenamento e um teve seu órgão genital decepado. Márcia Tápea, moradora e organizadora da manifestação, esclarece que apesar de a causa em defesa do animal tenha grande apoio popular, ainda é pouco diante da tamanha crueldade que os animais têm sofrido.
A coordenadora de Bem-Estar Animal, Carla Freire, ressaltou que a Prefeitura está trabalhando junto às comunidades para proteger e cuidar de animais de todas as espécies. Ela lembra que maus-tratos constituem crime, segundo o artigo 32 da Lei Federal 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). A pena prevista é de três meses a um ano de detenção, além de multa.
São considerados atos de maus-tratos abandonar o animal, mantê-lo preso por muito tempo sem comida e contato com seus donos/responsáveis, deixá-lo em lugar impróprio e anti-higiênico, agredi-lo fisicamente, mutilá-lo, utilizá-lo em shows, apresentações ou trabalhos que possam causar-lhe estresse ou sofrimento. Para denunciar maus-tratos é necessário que se faça um registro de ocorrência na delegacia mais próxima. Denúncias também podem ser feitas pelo telefone da Coordenadoria do Bem-Estar Animal: 2522-1356.

terça-feira, 2 de novembro de 2010


“Quanto mais conheço os homens, mais amo o meu cachorro”. “O melhor amigo do homem é o seu cachorro”. É através dessas e de outras frases que muitos expressam seu amor incondicional a eles, os cães domésticos. Com o apaixonado jornalista Ulisses Tavares não poderia ser diferente. Aos 57 anos, Tavares, que, dentre cerca de 15 atividades que exerce, também é escritor, se uniu à apresentadora e amante dos animais Luisa Mell para lançar a antologia “Poemas que latem ao coração”. Nessa entrevista, ele conta como foi reunir poemas sobre cães de diversos autores, o trabalho com Luisa e, claro, fala sobre o amor aos cachorros.
Quando o senhor começou a escrever?
Ulisses Tavares: Quando caí do berço e bati a moleira (risos). Fui uma criança precoce que lia Kafka aos seis anos de idade. Me alfabetizei completamente aos cinco anos, sozinho. Aos oito anos já escrevia poemas e ganhei alguns prêmios nacionais de poesia. Aos nove, sentado numa almofada para alcançar a máquina de escrever, já era editor de jornal, da Folha de Sorocaba. Enfim, uma aberração
.

domingo, 24 de outubro de 2010




Foto Animarolim

(Kito, é manco e completamente cego,
foi abandonado e espancado,
um amigo recolheu-o, e hoje,
dentro do possivel,
é um cão bem tratado e feliz.) 


Sempre foi meu amigo
E eu amigo dele
Sempre brincou comigo
E eu também com ele.

Não sei se ficou meu inimigo
Não sei porque está a andar
Não há razão para castigo
Não acredito que me está a abandonar

Abandonado? Não, talvez esquecido!
Acho que ele vai voltar
Quando vir que estou perdido
Ele volta para me abraçar

Esperei, ninguém voltou,
Nunca mais fui procurado
Sózinho, é como estou
Agora sei, fui abandonado

Tenho fome, sede, e estou cansado
Doi-me o corpo, sinto-me doente,
Fui escorraçado,pontapeado e apedrejado
Fui maltratado por gente indecente

Alguém me acolheu e me tratou,
Fiquei manco e fiquei cego.
Á pessoa bondosa que me ajudou,
EU AMO, pois devolveu-me o meu ego.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010



Ah se o meu cachorro soubesse falar
eu passaria horas com ele a conversar sobre a minha vida,
e ele,com toda paciencia,ficaria a me escutar,
e depois,num gesto amigo,me lamberia.

As noites de insônia não me atormentariam jamais,
pois discutiríamos sobre a beleza das estrelas no céu,
e outras cousas que não me recordo mais.
Não me importaria se fosse ele grande ou pequenino,
desde que dividisse um pouco de si comigo,
contando-me histórias sobre o universo canino.
E ao amanhecer,todo contente me falaria,
que melhor dono no mundo não existiria!

Além de falante o meu cão seria zen.
Teria sempre alguma palavra sábia a dizer,
que contaria a mim e a mais ninguém!
Não que fosse ele egoísta,ou quisesse algo esconder,
mas apenas em mim o animal confiaria.

Ao fitar seus olhos envolventes
eu de todo me entregaria,
numa cumplicidade sem igual,jamais vista anteriormente.
E a cada sílaba proferida,eu cada vez mais me orgulharia,
do cão meu tão singular,
que pelo resto da vida me amaria.

Ah se o meu cachorro soubesse falar,
se acabaria,enfim,a minha melancolia.
Ah,se ao menos um cão pudesse me amar.